As bases do Toyotismo

Na segunda metade dos anos 1940, foi criado um sistema de produção que iria revolucionar o mundo dos negócios para sempre. Desenvolvido por Taiichi Ohno, ex-VP executivo da Toyota e engenheiro mecânico de formação, o Sistema Toyota de Produção transformou para sempre a indústria automotiva e a maneira de se enxergar processos industriais. Por meio dessa grande disciplina pode-se observar grandes saltos na gestão de produção e logística. 

O pai do Toyotismo se baseou em algumas inspirações como: o Taylorismo de Frederick Taylor, o Fordismo de Henry Ford e o sistema de reposição de estoque de supermercados americanos da época. Algumas das principais grandes vantagens do sistema nipônico se concentram na alta lucratividade, produção mais diversificada, maior autonomia, polivalência de funcionários e diversos outros benefícios. 

E essa filosofia tem em seus pilares (o Toyota Way) os modelos de:  

Lean Manufacturing (ou “manufatura enxuta”):

Princípio de qualidade pautado na melhoria da eficiência através da redução de desperdícios na produção, tempo, manipulação e logística. Os principais alicerces da produção enxuta estão contidos na melhoria contínua (Kaizen), a produção “puxada” (Kanban) e processos à prova de falhas (Poka-Yoke). 

Heijunka (ou “nivelamento da produção”): 

Conceito de programação que busca por nivelar a cadeia produtiva pelo sequenciamento e predição dos pedidos. Assim é pretendido transformar a instabilidade de demanda dos clientes em um equilibrado e planejado processo de manufatura. 

Just in time (ou “momento certo”): 

Modelo de administração da produção que pretende garantir a compra de matéria-prima, feitura e transporte do produto de acordo com sua demanda. Com a definição de estoque mínimo, colaboradores treinados e fornecedores aculturados, é possível alcançar um nível de excelência nesse processo (apesar de suas desvantagens em situações de escassez aliada à alta demanda). 

Genchi Genbutsu/Gemba (ou “vá e veja”):

Filosofia de análise para tomadas de decisão baseada na averiguação do local e seus respectivos problemas in loco*. Gestores e demais líderes utilizam-se dessa premissa para evitar possíveis imprecisões na descrição das falhas por seus subordinados. Além de gerar soluções de curto e longo prazo, também se destrinchará o processo para criar redundâncias e contingências para erros.  

Trabalho em equipe:

Um dos principais fatores toyotistas (e uma das grandes diferenças para o taylorismo e fordismo) é a boa comunicação e trabalho conjunto dos colaboradores. Estimulando o crescimento pessoal e profissional, compartilhando oportunidades de desenvolvimento e otimizando o desempenho coletivo e individual. 

Respeito:

Premissa de coleguismo, isonomia comportamental entre todos e respeito mútuo. Esforços para a compreensão dos desafios e responsabilidades de maneira geral, assumindo seus respectivos papéis e fazendo o melhor para a construção da confiança integral. 

Desafio:

Formação de uma visão de longo prazo, onde os obstáculos são encarados com coragem e criatividade para que sejam realizados todos os objetivos. Foco nos principais pontos de melhora, como: redução de prazos de entrega, eliminação ou minimização de desperdícios e falhas, agregar valor ao cliente, dentre outras aspirações. 

Definição de valor:

Atividade para identificar e significar a percepção de valor do produto através da ótica do cliente. Entender o porquê de determinada solução ser adequada para o usuário final da sua produção. 

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*expressão para “no local”.